domingo, 12 de abril de 2015

Significado das fadas - Professora Ana

Boa noite, pessoal! O assunto para acabar o fim de semana será sobre as fadas, por dois motivos. O primeiro é na Literatura elas são bem conhecidas e então vamos entender o que elas significam.
E o segundo motivo, os meus alunos sabem, sempre estou com o colar ou anel de fada, gosto pessoal.
Então, vamos ver o significado delas:

Fada

fada-1_xl.jpegAs fadas representam os poderes do espírito e as capacidades mágicas da imaginação. As fadas são seres folclóricos capazes de realizar feitos extraordinários e realizar desejos. A palavra fada vem do latim Fata, que significa fado ou destino. As fadas têm a sua origem nas mitologias grega e romana, e eram elas as responsáveis por escrever o destino das pessoas, do nascimento até a morte.

Simbologias de fada

A fada simboliza, numa perspectiva psicológica, o poder ou o desejo do homem de construir ou alcançar, com a sua própria imaginação, projetos e desejos inalcançáveis. A versão ocidental moderna das fadas surgiu na Irlanda, como uma mensageira do outro mundo dotada de magia.
As fadas costumam aparecer à noite, com um anel ou varinha mágica, que representam as insígnias do seus poderes mágicos, e desaparecem rapidamente deixando a sensação de ilusão.
De acordo com as suas origens, as fadas simbolizam os fios do destino dos homens. São elas que tecem o destino, e cortam o fio da vida quando chega a hora da morte. Geralmente, as fadas aparecem em grupos de três e cada uma simboliza as três principais fases da vida: juventude, maturidade e velhice, ou ainda nascimento, vida e morte.
Como são as fadas responsáveis pelo destino, em suas aparições elas também realizam, ou não, os desejos mais ambiciosos das pessoas. As representações das fadas aparecem muito associadas às imagens da lua, de florestas, grutas e rios, pois elas são seres sobrenaturais da Mãe-terra, e estão ligadas aos ciclos naturais da vida.
 Fonte: http://www.dicionariodesimbolos.com.br/fada/

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Trovadorismo e Humanismo - Professora Ana



TROVADORISMO
·         Considera-se marco inicial do Trovadorismo o ano de 1189 ou 1198, data dessa época o mais antigo da literatura portuguesa, a Cantiga da Ribeirinha.
·         Compreende-se que o ano-marco do término do Trovadorismo é o de 1434 (século XV) quando Fernão Lopes foi nomeado cronista-mor da Torre do Tombo.
·         O Trovadorismo ocorreu durante o feudalismo.
·         O poder do clero se igualava ao dos reis, e possuíam domínio sobre o poder, tanto da vida artística e intelectual.
·         O teocentrismo (visão de mundo segundo a qual Deus é o centro do Universo) definia o modo de viver e de ser
·         O Trovadorismo é considerado a primeira manifestação literária da língua portuguesa.
·         Surgiu no século XII, durante a Idade Média – período em que Portugal estava em processo de formação nacional.
·         Inicia-se com a Cantiga da Ribeirinha (conhecida também como Cantiga da Garvaia), escrita por Paio Soares de Taveirós, no ano de 1189.
·         Os trovadores eram artistas de origem nobre, que compunham e cantavam acompanhados de instrumentos musicais. As cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros.
·         O segrel e o jogral eram os trovadores e cantores ambulantes que se apresentavam as cantigas nos castelos e feiras, ao ritmo de instrumentos musicais.
·         Os trovadores que se destacam na lírica galego-portuguesa são: Paio Soares de Taveirós, Dom Duarte, Dom Dinis, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.
·         As cantigas são divididas em dois grupos: as Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio), e as Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).
·         Cantigas de Maldizer: os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais e palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer, ou não, explicitamente na cantiga.
Dona fea, se Deus me perdon,
Pois avedes [a] tan gran coraçon
Que vos eu loe, em esta razon
Vos quero já loar toda via;
E vedes qual será a loaçon:
Dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
Em meu trobar, pero muito trobei;
Mais ora já um bom cantar farei,
Em que vos loarei toda via;
E direi-vos como vos loarei:
Dona fea, velha e sandia!
(Joan Garcia de Guilhade)
·         Cantigas de Escárnio: as sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplo sentido. O nome da pessoa satirizada não aparecia.
Roi Queimado morreu con amor
en seus cantares, par Sancta Maria,
por Da dona que gran ben queria:
e, por se meter por mais trobador,
porque lhe ela non quis ben fazer,
feze-s’el en seus cantares morrer,
mais resurgiu depois ao tercer dia!
(Pero Garcia Burgalês)
·         Cantigas de Amor: escritas em 1ª pessoa, o eu lírico declara seu amor a uma dama, tendo como ambiente o palácio. O trovador valoriza as qualidades da mulher amada, que é vista como um ser inatingível, uma figura idealizada, a quem é dedicado um amor sublimado, igualmente idealizado.
·         Tema: amor não correspondido.
·         Eu lírico: masculino. 
Quer’eu em maneira de proençal
Fazer agora um cantar d’amor,
E querrei muit’i loar mia senhor
A que prez nem fremesura non fal,
nen bondade; e mais vos direi en:
tanto a fez Deus comprida de ben
que mais que todas las do mundo val.
(El-Rei D. Dinis)
·         Cantigas de Amigo: também escritas em 1ª pessoa, apresentam um diferencial – o eu lírico é feminino (apesar de escritas por homens). A palavra amigo, nestas cantigas, tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado. O ambiente é a zona rural; a mulher é sempre uma camponesa.
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo?
E ai Deus, se verrá cedo!
 
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado?
E ai Deus, se verrá cedo!
  (Martim Codax)

A prosa medieval – séculos XIII e XIV
·         A mais importante manifestação em prosa foram às novelas de cavalaria.
·         Originárias da Inglaterra e da França, as novelas de cavalaria derivam de poemas medievais cantados em linguagem popular e que celebravam os feitos guerreiros.
·         No final do século XIII, foram traduzidas em Portugal três novelas, todas pertencentes ao chamado ciclo bretão ou arturiano (tinham como cenário o reino de Camelot e por heróis o rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda): História de Merlim, José de Arimatéia e Demanda do Santo Graal.

HUMANISMO
Contexto Histórico
·         O feudalismo entrou em decadência devido às guerras e epidemias.
·         O poder político se concentrou nas mãos dos reis, instaurando-se o Absolutismo.
·         A Monarquia já não se submetia ao poder da Igreja.
·         Surgimento das cidades e dos burgueses.
·         A invenção da imprensa por Gutenberg, em 1452.
·         Inicio das grandes navegações.
·         O Humanismo corresponde ao período que vai desde a nomeação de Fernão Lopes para o cargo de cronista-mor da Torre do Tombo, em 1434, até o retorno de Sá de Miranda da Itália, introduzindo em Portugal a nova estética clássica, no ano de 1527.
·         Na Itália, podemos destacar: Dante Alighieri, autor da Divina Comédia; Giovanni Boccaccio e Francesco Petrarca. Em Portugal: Gil Vicente, autor de A Farsa de Inês Pereira.
·         Nessa época foram cultivados a historiografia, cujo maior representante é Fernão Lopes (considerado o pai da História Portuguesa), a prosa didática, a poesia palaciana (compilada no Cancioneiro Geral) e o teatro popular de Gil Vicente. Período de transição entre o Trovadorismo e o Classicismo.
·         A produção artística do Humanismo, iniciado na Itália, reflete a passagem do teocentrismo para o antropocentrismo. As formas humanizam-se. Surgem textos mais aprimorados de autores que conhecem o latim clássico.
·         Prosa: em suas crônicas, Fernão Lopes contou a vida de seus reis, a Revolução de Avis, a expansão ultramarina. Apesar de ser chamado “O Historiador da Revolução de Avis”, para ele a história era constituída não só pelas façanhas de reis, nobres e cavaleiros, mas também pelos movimentos populares e pelas forças econômicas.
·         É o primeiro historiador português a desprezar o relato oral e, com objetividade, imparcialidade e rigor, baseou-se em várias fontes documentais. Suas crônicas também apresentam qualidades literárias: prosa dinâmica, linguagem simples, estilo rico e movimentado.
·         Poesia palaciana: é feita por nobres e para a nobreza; retrata usos e costumes da Corte. Sua produção está registrada no Cancioneiro Geral, organizado por Garcia de Resende.
·         A poesia apresenta uma separação entre a música e o texto, o que resultou num maior apuro formal: os textos passaram a apresentar ritmo e melodia próprios, obtidos a partir da métrica, da rima, das sílabas tônicas e átonas; desenvolveram-se as redondilhas, tanto a redondilha maior (verso de 7 sílabas) quanto a redondilha menor (5 sílabas).
·         Teatro: até esse momento não se tinham produzido textos especialmente elaborados para a representação teatral. Na Idade Média só houve encenações religiosas para as festas de Páscoa e Natal. Foi Gil Vicente que, em 1502, com o Monólogo do Vaqueir (ou Auto da Visitação), escrito em castelhano, fundou o teatro português. Nesse auto, declamado nos aposentos da rainha, ele saúda o nascimento do futuro rei D. João III, filho de D. Manuel e de D. Maria.
·         O teatro popular de Gil Vicente é basicamente caracterizado pela sátira ao comportamento de todas as camadas sociais: a nobreza, o clero e o povo. Apesar de sua religiosidade, Gil criticava bastante o clero.
·         Quanto à forma, à utilização de cenários e montagens, o teatro é extremamente simples: não chega a obedecer às 3 unidades do teatro clássico – ação, lugar e tempo. Seu texto apresenta estrutura poética, com predomínio da redondilha maior, havendo mesmo várias cantigas no corpo de suas peças.
Farsa de Inês Pereira
·         A obra foi escrita a partir de um desafio lançado por pessoas que duvidavam do talento de Gil Vicente. O autor concordou em escrever uma peça que comprovasse o provérbio "Mais quero um asno que me carregue do que cavalo que me derrube". Foi representada pela primeira vez a João III de Portugal no Convento de Cristo, em Tomar, em 1523. Logo após seu descontentamento da coroa portuguesa.
·         Inês, moça simples e casadoira, mas com grande ambição procura marido que seja astuto, sedutor. A mãe de Inês, preocupada com a sua filha, sua  educação, incita-a a casar com Pero Marques, pretendente arranjado por Lianor Vaz. No entanto, Inês Pereira não se apraz do filho do lavrador, por este ser ignorante e inculto.
·         Entram então em cena dois casamenteiros judeus, e Inês se casa com um escudeiro, de sua graça Brás da Mata.
·         Este casamento depressa se revela desastroso para Inês, que por tanto procurar um marido astuto acabou por casar com um que antes de sair para a guerra, dá ordens ao seu moço que fique a vigiar Inês e que a tranque em casa de cada vez que sair à rua.
·         Meses após a sua partida, Inês recebe a prazerosa notícia de que o seu marido foi morto por um pastor. Não tarda em querer casar de novo e, nesse mesmo dia, chega-lhe a noticia de que Pero Marques continua casadoiro, de resto como ele havia prometido a Inês quando do primeiro encontro de ambos.
·         Inês casa com ele logo ali e, já no fim da história, aparece um ermitão que se torna amante da protagonista.
·         O ditado "mais quero asno que me carregue que cavalo que me derrube", não podia ser melhor representado do que na última cena da obra, quando o marido a carrega em ombros até ao amante, e ainda canta com ela "assim são as coisas".

AS FIGURAS DE LINGUAGEM - Professora Ana



AS FIGURAS DE LINGUAGEM

As figuras de linguagem são divididas em três tipos: as de sintaxe, as de pensamento, e as de palavras.

Figuras de Sintaxe
*      Elipse: trata-se da omissão de um termo que pode ser facilmente identificado pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase.
“Jantei sozinho. E quando voltei a casa, fui direito ao atelier, destapei o retrato, lancei uma pincelada ao acaso, tornei a cobrir a tela.”
(José Saramago)
A omissão do pronome eu (imagine essa passagem com a repetição do pronome antecedendo as formas verbais!) torna o texto conciso e elegante e pode ser facilmente identificada pelos elementos gramaticais presentes na frase: a flexão de pessoa das formas verbais.
*      Zeugma: consiste na omissão de um tempo já expresso anteriormente.
“Que quero eu? Primeiramente, na ser derrotado. Depois, se possível, vencer.”
(José Saramago)
Temos, no exemplo, a omissão do verbo, já citado: Primeiramente, não [quero] ser derrotado. Depois, se possível, [quero] vencer.
*      Polissíndeto: (do grego: poli – muitos; síndeto – conjunção) consiste na repetição de conjunções coordenativas na ligação de elementos da frase ou do período.
E sob ondas ritmadas
e sob nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito
e sob  soluço, o cárcere,o esquecido
e sob os espetáculos e sob a morte...”
                                             
(Carlos Drummond de Andrade)
*      Assíndeto: (do grego: a – ausência, falta; síndeto – conjunção) é a ausência de conjunções coordenativas na ligação dos elementos da frase ou período.
“Clara passeava no jardim com as crianças.
O céu era verde sobre o gramado,
a água era dourada sob as pontes,
outros elementos eram azuis, róseos, alaranjados,
o guarda-civil sorria, passavam bicicletas,
a menina pisou a relva para pegar um pássaro,
o mundo inteiro, a Alemanha, a China tudo era tranqüilo em redor de Clara.”
(Carlos Drummond de Andrade)
*      Inversão: como o próprio nome indica, consiste na mudança da ordem normal dos termos da frase. Os dois primeiros versos do Hino Nacional são um bom exemplo de inversão.
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante”

A ordem normal dos termos seria:
As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado
retumbante de um povo heróico.
*      Anacoluto: consiste na quebra da seqüência lógica da frase. Inicia-se uma frase que depois é quebrada para a introdução de uma palavra ou expressão que não tem relação sintática com a frase que se iniciou anteriormente.
“O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto.”
(Carlos Drummond de Andrade)
*      Pleonasmo: consiste na repetição de termos ou idéias com finalidade expressiva, isto é, de enfatizar, de reforçar a mensagem.
“E rir meu riso e chorar meu pranto” (Vinícius de Moraes)
Quando a repetição de termos nada acrescenta à eficácia e à originalidade da mensagem, temos o pleonasmo vicioso, considerado um defeito de linguagem.
Fulano teve uma hemorragia de sangue.
A brisa matinal da manhã lhe fez muito bem.
*      Aliteração: consiste na repetição dos mesmos sons de natureza consonantal.
“Vozes veladas, veludosas vozes,
volúpias de violões, vozes veladas,
vagam nos velhos vórtices velozes
dos ventos, vivas, vãs vulcanizadas.”
     (Cruz e Sousa)
Se os sons repetidos forem de natureza vocálica (notadamente da vogal tônica), a figura recebe o nome de assonância.
“Sou um mulato nato no sentido lato
mulato democrático do litoral.”
     (Caetano Veloso)
*      Silepse: consiste numa concordância não com o termo que vem expresso na frase, mas com a ideia que ele representa. Por isso mesmo, também é conhecida como concordância ideológica.
*      Anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor”.    
(Chico Buarque)

Figuras de pensamento
*      Antítese: consiste na aproximação de palavras que se opõem pelo sentido.
“Os jardins têm vida e morte.” (Cecília Meireles)
*      Ironia: consiste em utilizar uma palavra, expressão ou frase em sentido diverso do literal, obtendo-se, com isso, conotação depreciativa ou satírica.
“A excelente Dona Inácia era mestra na
 arte de judiar crianças”.
      (Monteiro Lobato)
*      Eufemismo: consiste em suavizar uma expressão desagradável, substituindo-a por outra menos brusca.
“Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.”
(Machado de Assis)
*      Hipérbole: consiste na exageração de uma idéia com finalidade expressiva.
“O leito dos rios fartou-se
E inundou de água doce
A amargura do mar.”
(Chico Buarque)
*      Prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicados próprios dos seres inanimados.
“A lua,
tal qual a dona de um bordel,
pedia a cada estrela fria
um brilho de aluguel.
E nuvens,
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
- que sufoco!”   
(João Bosco e Aldir Bilac)
*      Gradação: consiste na apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo teto e portas.”
(Marina Colassanti)

Figuras de palavras
*      Metáfora: consiste em utilizar uma palavra, ou expressão, em lugar de outra, por haver entre elas uma relação de semelhança, de similaridade. Toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo não aparece. Observe o exemplo:
“Meu pensamento é um rio subterrâneo”.   
(Fernando Pessoa)
No caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece traços de semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento (por exemplo, a fluidez, a profundidade, etc).
*      Catacrese: trata-se de um tipo de metáfora que já se cristalizou, perdendo, até mesmo, relação com o significado original (por exemplo, braço da cadeira, de café).
“Vozes cantigas e risos
Ao pé das fogueiras acessas.”
    (Manuel Bandeira)
*      Sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
“Vozes veladas, veludosas vozes
(Cruz e Sousa)
*      Metonímia/sinédoque: consiste em empregar um termo no lugar de outro, com o qual mantém uma relação de contigüidade (autor pela obra, todo pela parte, etc). Seguindo uma tendência moderna, não estabeleceremos distinção entre metonímia e sinédoque, já que ambas se sustentam na mesma relação de pertinência, de vizinhança.
“O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.”
   (Carlos Drummond de Andrade)

EXERCÍCIOS       

1) Reconheça e classifique as figuras de palavras, de construção e de pensamento:
(  ) “Quando uma lousa cai sobre um cadáver mudo”.
(  ) “Terrível hemorragia de sangue”.
(  ) “Das idades através”.
(  ) “Oxalá tenham razão”.
(  ) “Trejeita, e canta, e ri nervosamente”.

(1) Polissíndeto (2) Hipérbato (3) Epíteto (4) Pleonasmo (5) Elipse

A sequência que corresponde à resposta correta é:

A) 4,3,5,2,1    
B) 3,4,2,1,5    
C) 3,4,2,5,1    
D) 3,4,5,2,1   
E) 1,3,2,5,4

02) A figura de linguagem empregada nos versos em destaque é:
“Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável)
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!”
A) clímax      B) eufemismo   C) sínquise     D) catacrese     E) pleonasmo

03) Nos versos: “Bomba atômica que aterra
Pomba atônita da paz
Pomba tonta, bomba atômica…”

A repetição de determinados elemento fônicos é um recurso estilístico denominado:

A) hiperbibasmo    B) sinédoque   C) metonímia  D) aliteração  E) metáfora

04- Leia o trecho do poema abaixo.
O Poeta da Roça
Patativa do Assaré
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio.

A respeito dele, é possível afirmar que

(A) não pode ser considerado literário, visto que a linguagem aí utilizada não está adequada à norma culta formal.
(B) não pode ser considerado literário, pois nele não se percebe a preservação do patrimônio cultural brasileiro.
(C) não é um texto consagrado pela crítica literária.
(D) trata-se de um texto literário, porque, no processo criativo da Literatura, o trabalho com a linguagem pode aparecer de várias formas: cômica, lúdica, erótica, popular etc
(E) a pobreza vocabular – palavras erradas – não permite que o consideremos um texto literário.
05. (UFRGS) O soneto é uma das formas
poéticas mais tradicionais e difundidas
nas literaturas ocidentais e expressa,
quase sempre, conteúdo:

(A) dramático. (B) satírico. (C) lírico. (D) épico. (E) cronístico.

06- (UFRGS) Considere as seguintes afirmações:
I - O romance é um gênero literário em constante evolução que, na sua configuração atual, utiliza-se das técnicas mais variadas, provenientes, inclusive, de outras artes como o cinema e a pintura.
II - O conto é uma narrativa em prosa, de curta extensão, cuja trama é em geral construída com tempo, espaço e número de personagens reduzidos.
III - A crônica moderna apresenta-se como um registro isento e distanciado de acontecimentos cotidianos presenciados pelo cronista.
Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.